Justificativa

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as DCNT são responsáveis por 68% de um total de 38 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2012 (WHO, 2014). No Brasil, as DCNT são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2011, por 68,3% do total de mortes, com destaque para doenças cardiovasculares (30,4%), as neoplasias (16,4%), as doenças respiratórias (6%) e o diabetes (5,3%) (MALTA et al., 2014). Séries históricas de estatísticas de mortalidade disponíveis para as capitais dos estados brasileiros indicam que a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes entre 1930 e 2006 (MALTA et al., 2006). De acordo com a OMS, um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por DCNT e por fração substancial da carga de doenças devida a essas enfermidades. Entre esses, destacam-se o tabagismo, o consumo alimentar inadequado, a inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas (WHO, 2014).

O sedentarismo é considerado uma epidemia mundial, pois compromete cerca de 70% da população do planeta. É considerado pela OMS o inimigo número um da saúde pública e por 75% por mortes nas Américas. É fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão, hiper-colesterolemia, obesidade, doenças cardiovasculares, osteoporose e algumas formas de câncer, hoje através de pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (VIGITEL, 2016), encontramos dados alarmantes e preocupantes como: Cresceu em 61,8% o número de pessoas diagnosticadas com diabetes, passando de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2017; a Hipertensão Arterial cresceu de 14,2% o número de pessoas que foram diagnosticadas, passando de 22,5% em 2006, para 25,7% em 2017; o excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, passando de 42,6% para 53,8% em 2017; a obesidade cresceu 60% em dez anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2017, que se reflete também em todos os municípios onde se encontra implantado o Programa Mexa-se., e neste sentido a práxis do Mexa-se minimiza de forma acentuada esta realidade. Em primeiro lugar visamos servir, com sucesso as populações e, com base no que foi alcançado partilharmos a experiência sujeitando os princípios orientadores das práticas ao escrutínio rigoroso da pesquisa científica.

Estimativas econômicas de vários países consideram o sedentarismo responsável por 5% a 8% dos custos totais em saúde pública. No Brasil, não há dados sobre o custo do sedentarismo, mas recente relatório elaborado pelo Banco Mundial atribuiu 66% dos gastos em saúde às doenças crônicas não transmissíveis em todo o país. A partir destes dados, ressaltando a importância de se fortalecer as políticas públicas na promoção e prevenção em saúde, sem menosprezar as ações curativas, neste sentido a práxis do Programa Mexa-se evidencia-se como estratégia de integração social, saúde preventiva, penetração da atividade física em todas as camadas sociais além da humanização dos atendimentos de saúde no âmbito municipal. Em primeiro lugar visamos servir, com sucesso as populações e, com base no que foi alcançado partilharmos a experiência sujeitando os princípios orientadores das práticas ao escrutínio rigoroso da pesquisa científica.

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